sábado, 8 de setembro de 2007

Cinderela às avessas

Maytê Piragibe se despede da sofrida Joana de “Vidas Opostas”

No início de “Vidas Opostas”, Maytê Piragibe sempre ouvia as pessoas nas ruas torcendo para que sua personagem, Joana, e Miguel, mocinho vivido por Léo Rosa, ficassem juntos. Na reta final da trama - que termina dia 27, o cenário é bem diferente. “Por incrível que pareça, querem que a Joana fique com o Jacson, vivido por Heitor Martinez. É inusitado, mas acredito que isso se deva ao caminho que os personagens traçaram”, opina, sem revelar o real destino da personagem. “É surpresa”, despista.

É bem verdade que Joana não se enquadra muito no estereótipo da mocinha sofrida dos folhetins. Apesar de ter derramado rios de lágrimas ao longo dos nove meses da trama, a professora nascida e criada na fictícia comunidade do Torto, no Rio de Janeiro, escolheu um caminho bem diferente: o da luta. Corajosa, ela não hesitou em abrir mão de seu amor pelo milionário Miguel por conta da segurança de sua família. Nem que para isso tivesse de se render aos duvidosos “encantos” de Jacson, “rei” do tráfico da favela que “cismou” com a moça. “Fiquei surpresa ao ver que ela não se faz de vítima nem é submissa”, aponta a atriz, que faz questão de lembrar da disponibilidade física que Joana lhe exigiu. “Além das escaladas comuns no início da novela, de uns tempos para cá ela apanhou bastante do Jacson”, completa.

Justamente por ter sofrido tantos desdobramentos ao longo da trama, Maytê considera Joana a personagem mais importante de sua carreira até agora. “Ela é inesquecível”, jura. Aos 23 anos, a carioca não tem do que reclamar. Sua primeira protagonista veio na hora certa, quando ela já acumulava alguma experiência na tevê. Apaixonada por interpretação desde pequena - ela faz comerciais desde os cinco anos e teatro a partir dos 12 -, a moça decidiu definir seu caminho com apenas 17 anos. Optou por cursar Artes Cênicas e matriculou-se em cursos de voz e expressão corporal. Mas teve de trancar a faculdade, já que não demorou muito para que ela fosse chamada para o elenco de apoio de “Malhação” e, em seguida, para a extinta “TV Globinho”, onde apresentava desenhos animados para as crianças. “Foi um trabalho importante, com a idéia de falar com as crianças sem aquela linguagem tatibitati”, aponta.

Após uma participação em “Carga Pesada” e em “Cidade dos Homens”, veio sua primeira novela, “O Beijo do Vampiro”, seguida de “Como Uma Onda”. Em ambas, Maytê viveu personagens polêmicas e se destacou. Nessa época, a Record começou a assediar mais “vorazmente” os atores da Globo, e Maytê, foi uma das primeiras escolhas da emissora. Seu primeiro papel foi a Eleni em “Cidadão Brasileiro”. Apesar de só guardar boas recordações da antiga emissora, é na Record que a atriz diz se sentir em casa. “É muito aconchegante, me sinto fazendo parte de uma família. Sinto que sou respeitada, e isso não tem preço”, comemora.

Contratada da Record até 2010, com o fim de “Vidas Opostas” Maytê não vai se dar ao luxo de descansar. A atriz vai começar a produzir, ao lado de Nathália Rodrigues - que vive a Laura em “Luz do Sol” - a peça “Mulheres Solteiras Procuram”, com texto de Pitty Webo. Depois de Joana, Maytê espera que apareçam tipos tão ou mais interessantes. “Foi mais um degrau que eu subi na carreira. Daqui para a frente quero me superar, e que venham personagens mais difíceis”, torce ela, que só se chateia às vezes com a exposição imposta pela tevê. “Lido bem com isso, mas às vezes temos de impor limites. E sem ser arrogante. Então faço o seguinte: se estou de TPM, não vou a lugares cheios, como um shopping, por exemplo”, conclui, esbanjando simpatia.

Fonte: Portal Todo Dia
Data: 19.08.2007
Link: http://portal.tododia.com.br/?TodoDia=teve&Materia=117236&dia=19&mes=08&ano=2007

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Participe do 20º FestNatal 2007




Maytê Piragibe é uma das candidatas a Melhor Atriz no 20º Festival de Cinema de Natal.

A atriz concorre como Joana Souza, sua personagem em Vidas Opostas (Record 2006/2007).